Mais uma colaboradora para enriquecer meu blog abordando um assunto muito importante nos tempos atuais, já que vivemos num ambiente onde as empresas são obrigadas a entrar num ritmo de maior competitividade e consequentemente fazendo com que o trabalhador adote esse ritmo também. Muitas vezes o profissional se sente um ser mecânico e sua mente acaba se levando a um nível de estresse e fadiga.
No ano de 1999 o Instituto Nacional de Saúde e Segurança do Trabalho dos EUA publicou uma cartilha de recomendações a respeito do Stress no ambiente de trabalho e salientou sobre a importância da prevenção do mesmo, já que um trabalhador stressado passa a se tornar uma ameaça não só para si como para a organização em que está inserido.
A partir desse documento houve um olhar diferente para a saúde do trabalhador, principalmente um olhar para sua saúde mental. A Comissão de Saúde e Segurança Inglesa também voltou seu foco a esse trabalhador orientando o empregador a ter uma visão de duas vias quanto a essa qualidade de vida (QV) no trabalho, tanto no sentido social quanto no seu ambiente de serviço, partindo desde o governo e suas leis trabalhistas até o próprio empregado e sua responsabilidade com seu bem estar.
Muitos estudos relatam que o Stress Ocupacional tomou contar a partir da Globalização e informatização dos processos de trabalho, onde a máquina tomou o lugar do homem e para o mesmo não perder seu espaço teve que se “robotizar” para dar conta do recado, ficando sobrecarregado físico e mentalmente, afinal, homem e máquina não são definitivamente a mesma coisa, porém atualmente andam lado a lado competindo por seu espaço no mercado.
O Stress Ocupacional reflete não só no ambiente de trabalho, mas possui um grande impacto nas relações familiares, a sobrecarga, a necessidade de “ter para ser”, o descaso com os filhos devido ao cansaço no final do dia, gera uma polêmica a respeito desse trabalhador que muitas vezes exausto deixa em seu emprego sua última gota de energia antes de ir para casa com medo do desemprego e quando chega ao seu lar acaba abandonando sua família. Agora imaginem pai e mãe na mesma situação, fato comum hoje em dia, como tem ficado seus filhos? Essa é uma pergunta que não tem se calado nos dias de hoje.
Não é possível o homem dedicar-se somente ao seu trabalho. O homem é feito de alguns pilares, dos quais os mais importantes, a meu ver, são; família, rede social, trabalho e religiosidade, e estes são como se fossem uma mesa, sendo o homem o tampo, que sem uma perna, não se sustenta. Esse conflito reduz significativamente o rendimento do trabalhador, gerando baixa auto-estima, diminuição da criatividade e saúde física, entre outros, ou seja, sem redução do stress não há trabalhador produtivo e medidas preventivas é a melhor forma de cuidar para que esse funcionário tenha o melhor desempenho possível sem se sentir sobrecarregado e poder voltar satisfeito para o lar.
O trabalho preventivo faz com que o homem se aproprie da sua situação e não simplesmente culpe o outro pelo seu adoecimento, é um tratado pela saúde física e mental do trabalhador, mas é acima de tudo um tratado pela vida. Em um país paternalista e em desenvolvimento como o nosso, mudanças como essas promovidas pelas empresas irá gerar não só maior produtividade, menos acidente de trabalho, medicalização e faltas, assim como promoverá uma melhor qualidade de vida para a sociedade em geral.
Maryah Bittencourt CRP 06/86687
Formada pela Unisal em 2006. Atua desde 2008 no Núcleo de Apoio de Saúde á Família (NASF) no município de Cachoeira Paulista/SP. Realiza prática clínica e atualmente cursa pós graduação em Terapia Cognitivo Comportamental pela Unisal/Lorena.
Adorei ver meu texto aqui! Conte sempre comigo! Sucesso pra todos nós!
ResponderExcluirParabéns Maryah...adorei! Se você quiser serei seu objeto de estudo; a cada 15 dias aparece uma enfermidade em mim, só pelo emocional. Um beijão. Que Deus possa lhe iluminar sempre. Cleide Souza....
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