sexta-feira, abril 27, 2012

18 de abril - Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho.


 No dia 28 de abril de 1969, uma explosão numa mina no estado norte-americano da Virginia matou 78 mineiros. Com foco na prevenção, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu, em 2003, a data como o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, em memória às vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Neste dia são celebrados eventos no mundo todo para a conscientização dos trabalhadores e empregadores quantos aos riscos de acidentes no trabalho. No Brasil, a Lei nº 11.121/05 instituiu que no dia 28 de abril seja celebrado no País o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.

Respeite sua vida e trabalhe com segurança!!  

Professor e risco de perder a voz.

Os professores são responsáveis pela transmissão de conhecimentos e experiências a um grupo de espectadores. Neste processo de transmissão de conhecimentos, um dos recursos mais utilizados é a voz. Este importante instrumento de trabalho, além de ser o veículo de transmissão de informações, também deve despertar confiança, autoridade e segurança, os quais irão influenciar diretamente no processo ensino-aprendizagem. Sendo assim, é desejável que o professor tenha não somente um bom domínio do conteúdo a ser ministrado, mas também expressividade ao expô-lo.
A voz do professor é o seu principal instrumento de trabalho, ele necessita usá-la por vários dias por semana e vários meses por ano por muitos anos de exercício profissional. É uma das profissões com maior incidência em problemas vocais devido às condições de uso em grande parte inadequadas como, o uso constante, durante horas, intensidade elevada e competição vocal devido ao ruído ambiental. Os professores fazem parte do grupo de risco para disfonia (perda da voz) devido ao uso abusivo da voz e suas condições de trabalho.
Vale ressaltar também que a voz do professor é vulnerável tanto ao tempo e ao uso inadequado, quanto as condições de sua rotina de vida e trabalho, que normalmente apresentam situações com fatores de risco para a sua saúde vocal, como por exemplo, dos maiores causadores das patologias na voz são: falar virado para o quadro, aspirando o pó de giz, falta de ventilação adequada, que também gera um aumento da respiração de pó de giz, tentar sobrepor às vozes dos alunos, falar por muitas horas seguidas, sala de aula com grande quantidade de alunos (faz com que o professor tenha esforço extra da laringe podendo causar disfonias). A maioria dos professores não aquece a voz antes de ensinar, tem intervalo de descanso inadequado e toma pouca água. Como resultado, sérios problemas vocais.
Esses problemas são de fácil solução, desde que o poder público tenha vontade política para investir na saúde dos profissionais com simples ações (gastará menos do que com as licenças médicas), aquisição de quadros brancos e canetas próprias acabam com o problema do giz; salas menores proporcionam uma acústica melhor; a instalação de sistema de som para o uso de microfones, em salas maiores; fazer pausas para a voz e aumentar a ingestão de líquidos podem ser boas tentativas de melhorar a saúde dos profissionais.
É evidente que a luta pela sobrevivência numa jornada de trabalho quase sempre excessiva e as condições em que o trabalho se realiza, repercutem diretamente na fisiologia do corpo no qual em se tratando da saúde vocal, a maioria dos professores tem informações insuficientes com relação ao aparelho fonador e aos cuidados com o uso da voz. Fato que poderia também ser facilmente solucionado implantando nas grades curriculares de todos os cursos durante a formação acadêmica “uma disciplina específica” nas universidades, pois indivíduos que usam a voz em caráter profissional necessitam conhecer e saber utilizar seu instrumento de trabalho. Como não temos, é comum entre os professores, principalmente entre aqueles que trabalham os três períodos, chegar na sexta-feira com dor de garganta ou quase sem voz.. Vem o final de semana, volta na segunda-feira e pensa que a voz se normalizou. Pelo contrário, a situação tende a piorar.
Falo isso por experiência própria, porque num determinado período da minha vida profissional, precisei me afastar das minhas funções como professora mediante licença médica por três meses por problemas vocais. Quase fiquei sem voz, se não tivesse cuidado a tempo. Começava o trabalho na segunda com a voz normal e quando ia chegando na sexta-feira sentia dor na garganta e ficava quase sem voz. Isso se tornou frequente e eu pensava que era devido ao excesso de trabalho ou problema de garganta. Mas, com no fim de semana tudo se normalizava, me acomodei. Infelizmente, os finais de semana não estavam resolvendo, daí pensei que era a garganta e procurei um otorrinolaringologista, que pediu exames específicos e, para minha surpresa, não tinha nada a ver com a garganta em si. Então, fui encaminhada para um fonoaudiólogo, com o qual fiz várias terapias para poder voltar a trabalhar.
Portanto, colegas, não deixem se enganar pela rotina do dia-a-dia (achando que tudo faz parte) ficando atentos à voz, pois ela pode te dar sinais auditivos de que está sofrendo alguma alteração, que exigirá cuidados específicos, como falhas na voz durante as conversações do dia-a-dia, voz rouca por vários dias, muito cansaço (fadiga) vocal, diminuição do volume da voz, gerando esforço para conseguir falar um pouco mais alto ou gritar, voz mais grave (grossa) do que no início da profissão, pigarro constante, dor ou desconforto na área do pescoço, tosse seca persistente, ardência na garganta e sensação de corpo estranho e “bolo” na garganta. Lembrem-se: preocupar com a saúde da voz é preocupar-se também com a saúde em geral.
 Por Rosângela Fernandes Cadidé é professora há 10 anos das redes pública e particular, formada em Letras com Especialização em Recreação e Lazer pela Universidade Federação de MT, coordena o Centro de Estudos às Forças Armadas

quarta-feira, abril 25, 2012

Doméstica cai ao limpar janela a uma altura de 45 metros.

Foto: Reprodução TV Globo

São José do Rio Preto/SP- Uma morte em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, chamou a atenção do Mais Você na semana passada. Uma empregada doméstica estava limpando os vidros de um apartamento, escorregou da escada e caiu de uma altura de cerca de 45 metros. Eliete Batista de Souza trabalhava há três anos no apartamento de onde caiu.

Equipes do corpo de bombeiro e do Samu atenderam à doméstica. "Ela estava com o pedaço do ferro da laje que entrou do lado direito e com respiração fraca", contou um dos tenentes que a socorreu. A polícia civil informou que a doméstica havia sofrido um infarto na semana passada. Agora, a polícia aguarda o laudo da perícia para começar a investigar as causas da morte de Eliete de Souza.

Nem patrões nem empregados se dão conta do risco que é fazer o serviço de limpeza de janelas de uma doméstica. É difícil saber quantas dessas situações de risco acabam em acidentes de trabalho. As estatísticas oficiais só registram os casos que envolvem trabalhadores em empresas. No ano passado, aconteceram mais de 700 mil acidentes no Brasil. Ao todo, 2.712 trabalhadores morreram no exercício da profissão. O Mais Você mostrou vários flagrantes feitos por pessoas que ficam chocadas com a cena.

Não existe lei de prevenção de acidente de trabalho para o emprego doméstico. Existe, porém, um projeto de lei de 2006, que foi arquivado no congresso. Ele proibia a limpeza de fachadas e janelas em prédios com mais de quatro andares. No projeto, estava prevista ainda uma multa para o empregador que permitisse a limpeza arriscada.

Enquanto o projeto de lei não é revisto, as empregadas e seus familiares, contudo, possuem alguns direitos:

- Se a vítima tem a carteira de trabalho assinada e morreu, os dependentes irão receber pensão;
- Se a pessoa ficou inválida pode ser aposentada ou será afastada por doença;
- Se a carteira de trabalho não está assinada, a vítima ou a família pode entrar com uma ação trabalhista pedindo indenização por perdas e danos, inclusive pensão vitalícia para ele ou os dependentes.

Pois é, a lei é sempre muito lenta, a falta de fiscalização é inexistente e enquanto isso os acidentes de trabalho vão matando pessoas!

terça-feira, abril 24, 2012

Essa conta ia ser feita um dia...e os resultados não são bons para os fumantes.

Segundo estimativas de Marcelo Maron, Diretor Executivo do Grupo PAR e especialista em finanças corporativas, um empregado que fuma pode estar desperdiçando 20% do seu dia de trabalho com o vício. Se para o empregado esse tempo longe da mesa de trabalho pode não ser significativo, para as empresas pode significar o dado que faltava para buscar profissionais que não fumem.
Com o cerco da legislação antifumo, as empresas que têm fumantes em seus quadros de funcionários podem começar a se preocupar com as questões da produtividade desse pessoal. Hoje, com a eliminação dos fumódromos nas empresas, os empregados que fumam precisam ir para a rua ou para ambientes arejados.
Dependendo do movimento do prédio comercial e das distâncias envolvidas, além do tempo necessário para fumar um cigarro apenas, o tempo médio dessa atividade não será inferior a 15 minutos de trabalho perdidos para cada cigarro fumado:
“Vamos supor um fumante razoavelmente controlado, que fume apenas seis cigarros durante as 8 horas de trabalho, três pelas manhã e três à tarde. Levando em conta a média de tempo apurada acima, esses seis cigarros vão consumir 90 minutos de um dia de trabalho. Nada menos que uma hora e meia de uma jornada de oito horas se esvai com o vício, o que equivale a quase 20% do horário de trabalho”, alerta Maron.
Custos – De acordo com o especialista em finanças corporativas, um empregado fumante, teoricamente, renderia 20% menos do que outro que não fuma, pois precisará se ausentar do trabalho durante um quinto de sua jornada diária.
“Quanto isto pode custar? Vamos imaginar um empregado com um salário de R$ 3.000,00 por mês. Somando ao salário os benefícios e encargos legais, esta remuneração chega a R$ 5.400,00 por mês.
Se o empregado está ausente quase 20% deste tempo para fumar, seu vício custa R$ 1.080,00 por mês para a empresa, ou R$ 12.960,00 por ano. Para uma empresa que tenha 20 fumantes em seu quadro funcional, o custo anual do vício desses empregados atingirá a casa de R$ 259.200,00. É incrível, mas a quantia pode até ser bastante significativa em relação ao resultado do negócio”, assinala Maron.
Para o consultor, esses cálculos, relativamente conservadores, começam a determinar o fato de que muitas empresas estão preterindo fumantes em seus processos seletivos. Além disso, há uma grande pressão para que os fumantes deixem de fumar durante o trabalho. “Tenho visto isso com frequência cada vez maior.
Se há empate entre bagagem acadêmica e experiência, com certeza o fumante terminará eliminado do processo seletivo, embora muitas empresas se neguem a admitir isso”, explica Maron.
Mas há outra conta que joga contra o fumante: o cálculo do uso do plano de saúde. Como as empresas arcam com custos crescentes em relação a esse benefício, contar com muitos fumantes em seus quadros pode ser desastroso:
“Empregados com problemas circulatórios, cardíacos ou até mesmo de câncer elevam de modo considerável os gastos com o plano de saúde, que já é a segunda maior despesa de pessoal das empresas, logo após a folha de pagamento. Nesse sentido, reduzir o número de fumantes no trabalho é um fator de redução do custo do plano de saúde, e as empresas estão caminhando nessa direção”, alerta Maron.
Fonte: Empresas & Negócios, 24.04.2012

Os resultados não são bons para os fumantes, mas pode ajudar na sua luta para parar de fumar...e mexendo no "bolso" do colaborador , quem sabe ele não se preocupa mais com a sua saúde!?rs