quarta-feira, junho 29, 2011

Festival SWU 2011 divulga programação de shows, mas será que esse ano as ações vão ser mesmo sustentáveis??????

Da redação Os Paparazzi
O Festival SWU 2011 divulgou nesta terça-feira, 28, quais serão os principais shows da segunda edição do evento, que será realizado entre 12 e 14 de novembro na cidade de Paulínia, interior de São Paulo (em 2010 o SWU foi realizado em Itu). Em entrevista coletiva, com apresentação de Zeca Camargo, foram anunciadas as presenças da banda Megadeth, do rapper Snoop Dogg, do grupo Black Eyed Peas (de Fergie) e dos cantores Damian 'Jr. Gong' Marley e Peter Gabriel. Neil Young também estará no SWU 2011, mas como palestrante do 2º Fórum Global de Sustentabilidade.
Os shows devem reunir quase 70 atrações. O público esperado, para a venda de ingressos, é de 210 mil pessoas em três dias. Entre as novidades do SWU 2011 em Paulínia está a praça de alimentação só para vegetarianos. Que tal? O site "www.swu.com.br" oferece aos fãs os números das ações de sustentabilidade do projeto. Você sabe o que significa SWU? É a sigla em inglês para "Starts With You", ou, "Começa Com Você".

 Me lembro que ano passado a Revista Sustentabilidade trouxe uma matéria apontando contradições do festival e vou postá-la aqui na íntegra para recordarmos.

 Em 2010
Bandas épicas e mais de 50 mil pessoas por dia no interior de São Paulo. É possível dizer que o SWU, o festival com cara de Woodstock que invadiu Itu, foi um sucesso. Tudo isso se não fosse o fato de a organização ter batido na tecla mais moderna dos nossos tempos: a sustentabilidade. E, se o som foi bom, as questões de sustentabilidade ficaram escondidas atrás das garrafinhas de plástico.
Desde que o nome do festival foi divulgado, o esforço era afirmar que não se tratava de um simples evento de música, mas sim de um gigantesco “movimento de conscientização em prol da sustentabilidade”. E ele ainda seria o pioneiro no Brasil, com possibilidades de se tornar um marco verde no país. Mas o que pudemos extrair e ver do festival é bem claro: o Brasil adicionou em seu dicionário o termo greenwashing, a tática publicitária para deixar as empresas mais verdes e boazinhas para nós. Só.
O pessoal da Revista Sustentabilidade levantou alguns pontos que mostram a contradição que um megaevento entupido de dinheiro e negócios tem com uma proposta sustentável real: o estacionamento custava 100 reais, com o argumento de que o ideal era deixar o carro em casa e ir de ônibus. Ao mesmo tempo, não havia estacionamento de bicicleta para quem morava na região, e a frota de ônibus foi muito aquém do necessário – no primeiro dia, pessoas enfrentaram mais de 4 horas de fila para voltarem a São Paulo. Nenhum tipo de transporte fazendo o trajeto entre a rodoviária de Itu e o evento estava disponível também.
Se um dos lemas do SWU era “a primeira coisa que você pode fazer para salvar o planeta é fazer alguma coisa”, dando a entender que pequenos gestos jáfazem a diferença, é contraditório constatar que latas de cerveja eram vendidas por 7 reais acompanhadas de um copo de plástico, ou que garrafas de plástico de água eram vendidas, sem nenhum tipo de distribuição gratuita. Todo o lixo do evento foi reciclado e quase 1 milhão de latinhas foram recolhidas, mas isso já é comum em trocentos festivais e eventos de todo porte. No fim das contas, as tais ações verdes seguiram o mesmo padrão dos últimos anos: muita publicidade para deixar empresas com cara de cool e bondosas ao mesmo tempo, mas poucas mudanças realmente efetivas no processo real, que é o que interessa. “Foi um Woodstock sem causa”, disse o jornal Gazeta do Povo.
Musicalmente falando, o SWU foi um evento sensacional. Festivais de grande porte como o Coachella, na Califórnia ou o Roskilde, na Dinamarca, sempre foram o sonho dos brasileiros que gostam de música de forma quase doentia. É ótimo imaginar que bandas como Pixies, Queens of the Stone Age e Rage Against the Machine puderam se encontrar num evento com várias outras bandas, para vários públicos diferentes, em terra brasileira. Temos mais é que comemorar o alto público presente – as chances de mais eventos desse porte aparecerem por aqui nos próximos anos é alta. Mas, por favor: da próxima vez, ou falem apenas de música, ou falem de sustentabilidade de forma séria. [Revista Sustentabilidade e Gazeta do Povo]
 Escrito por Leo Martins no Gizmodo

 Vamos aguardar o resultado desse ano!!!!

2 comentários:

  1. É sacanagem um festival deste porte usar termo sustentabilidade. Mas enfim, estamos no Brasil...

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  2. Quem sabe esse ano eles não terão realmente atitudes verdes!!rs
    Se eles fizerem "tudo" como prometeram ano passado vai ser um espetáculo que a maioria vai querer voltar e quem sabe nós não iríamos nos próximos!?
    Vamos aguardar e torcer Rafha.

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