A Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba lançou nessa terça-feira (8/6), na cidade de Guaratinguetá (SP), seu plano de ação para dar vida ao Projeto Corredor Ecológico nos municípios de São Luís do Paraitinga, Lorena e Guaratinguetá.
Para a construção do corredor ecológico, foi realizado um estudo detalhado da ecologia da paisagem e foram identificadas diferentes formas de uso e ocupação do local. A ideia é ter os fragmentos preservados e conectados com uma produção compatível no meio, garantindo que o proprietário não destrua a mata.
A meta do projeto é ambiciosa: serão 150 mil hectares de Mata Atlântica – inicialmente na porção paulista da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul – preservados e restaurados nos próximos dez anos. Desse total, 122 mil serão de espécies nativas da floresta e 28 mil hectares serão voltadas ao uso econômico (Eucalipto).
As iniciativas desenvolvidas no Vale do Paraíba envolvem governo, sociedade civil e empresas. Atualmente participam da iniciativa o Intituto Tomie Ohtake, Fundação SOS Mata Atlântica, AMCE, Grupo Santander Brasil, Fibria, Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Su e Institutos Ethos e Oikos. A PricewaterhouseCoopers (PwC) fará a auditoria pro bono das atividades do projeto, garantindo a transparência e efetividade das ações.
A proposta de recuperação da cobertura vegetal dessa região vai permitir a criação de faixas contínuas de matas ou um mosaico de atividades sustentáveis, de maneira a interligar trechos de florestas, e, assim, propiciar a recuperação da biodiversidade daquele bioma, de seus recursos hídricos, do trânsito de animais, além de permitir que a floresta exerça seu papel como reguladora do clima.
Valores humanos e culturais
Para Paulo Valladares, secretário executivo da Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba (ACEVP), esse não é um projeto apenas de plantio de árvores. “Não estamos brincando de plantar florestas”, disse. “Quem me garante que daqui a um ano ela estará lá? É preciso envolver a comunidade, cuidar das pessoas que estão na região”, frisou o secretário.
Ao recuperar áreas degradadas e reconectar partes isoladas de floresta, o corredor ecológico também atuará com as comunidades locais por meio de projetos de geração de renda e valorização cultural.
Segundo José Luciano Penido, presidente do Conselho de Administração da Fibria e presidente do Conselho da ACEVP, “a prática de atividades sustentáveis nas áreas intermediárias, beneficiará pequenos produtores que vivem na região. É um projeto de todos e para todos”.
Ainda segundo Penido, o maior desafio da iniciativa é a recuperação da biodiversidade, incluindo pessoas. “Queremos que elas sejam protagonistas e parceiras do projeto”, reforça ele.
Incentivo
As opções de incentivo do projeto para as populações do entorno são variadas. Existem propostas de pagamento pela soma de serviços ambientais prestados (conservação do solo e água, floresta recuperada e floresta conservada), estímulo ao plantio de espécies nativas e de espécies para o uso econômico, além de plantios consorciados.
Há também a opção das propriedades cultivarem e comercializarem plantas medicinais ou oferecerem matéria-prima para artesanato. “Dessa forma, eles começam a ter uma cesta variada de opções para que suas propriedades gerem mais recursos com a floresta do que com a degradação do meio ambiente”, lembra Valladares.
Preservação dos mananciais
Outra preocupação do Projeto Corredor Ecológico é a preservação dos mananciais da parte paulista do rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de cerca de 10 milhões de pessoas – incluindo a indústria e a agricultura em São Paulo e 90 % da população da região metropolitana do Rio de Janeiro.
Para que a água continue disponível em abundância, com qualidade e regularidade, o projeto vai promover junto às comunidades uma série de práticas conservacionistas para manter a porosidade do solo. “Proteger as nascentes responsáveis pela formação dos rios e a mata da região são condicionantes indispensáveis para isto”, lembra Valladares.
Plante uma semente você também
Pessoas físicas ou jurídicas que queiram contribuir com o plantio de árvores, podem fazê-lo por meio do Programa Arvorecer. Ao custo de R$ 15,00, qualquer um pode plantar uma árvore e ajudar os projetos socioambientais e culturais a serem financiados pela Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba.
Já as empresas podem entrar em contato com a coordenação do projeto pelo site e desenvolver projetos específicos.
Outros munícipos interessados na iniciativa também são bem-vindos.Para participar e obter mais informações acesse www.corredordovale.org.br
Na semana do Meio Ambiente o Senac realizou uma palestra muito interessante como o tema “A importância das florestas na manutenção do clima” com secretário executivo da Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba (ACEVP) Paulo Valladares.
Ele começou falando que esse assunto sobre as floretas está sendo muito falado no Senado e explicou como é o plano de ação para dar vida ao Projeto Corredor Ecológico.
O interessante seria se produtores da região de Cachoeita Paulista também participassem dessa parceria ecológica!
O interessante seria se produtores da região de Cachoeita Paulista também participassem dessa parceria ecológica!
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